segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

A história repete-se!

As recentes polémicas relacionadas com o CHEGA, traz-me à memória os tempos em que o PNR também se aproximou de Mário Machado, na altura se não engano acho que o movimento chamava-se FN. Ora na altura, o PNR não tinha José Pinto Coelho como comentador em nenhum canal de TV, que de resto continua a ser o maior meio de manipulação do voto em Portugal, e por isso, sem protecção mediática e sem popularidade, um ilustre desconhecido na política, logo começou a ser "queimado" pelos "donos disto tudo". Hoje o PNR está confinado a uma expressão residual e com uma liderança desgastada que se perpétua no tempo, não se perspectivando uma alternativa na sucessão que possa servir de catalisador. Surge então o CHEGA, com um rosto conhecido na TV, o do comentador desportivo e não só, o Dr. André Ventura. E é só com uma pesquisa mais aprofundada que é possível saber quem são os outros elementos dos órgãos do partido, quem são essas personalidades? O que diz a comunicação social é que, alguns pertenceram ao extinto movimento NOS e outros oriundos do PNR. 
                Da mesma forma que o PNR foi atacado e hoje praticamente desprezado pelo sistema através dos média, o CHEGA começa a passar exactamente pelo mesmo, mas a grande diferença reside no facto do CHEGA ter no seu líder uma espécie de "escudo mediático" apoiado num canal de TV e o PNR nunca o teve, nem para se projectar, nem para se proteger dos ataques. Quanto ao registo criminal de alguns elementos dirigentes dos órgãos da estrutura, se é que existem, duvido muito que sejam motivo para alvo de processos disciplinares e consequentes expulsões. Se realmente for verdade os factos constantes nas peças jornalísticas, eleva-se a minha expectativa em perceber até que ponto o CHEGA vai também gozar de  uma espécie de "Efeito Isaltino Morais", dirigente político que cumpriu pena de prisão por fraude fiscal, regressou depois à política e saiu fortalecido com um resultado inesperado em Oeiras (41%). Reparem que, por mais gravosas que sejam as acusações dos média, o efeito que o sistema pretende, o de arruinar, terá sempre o efeito contrário, o do sucesso, até podemos comparar aos efeitos e consequências que terá a tentativa de destituição do Presidente Donald Trump e que na minha modesta opinião, sairá reforçado nas próximas eleições, e até com melhor resultado do que obteve quando foi eleito para o primeiro mandato. Posto isto, importa sobretudo compreender estes novos paradigmas e que razões levam o eleitorado a relevar e até reforçar o apoio em organizações políticas e dirigentes com passado muito dúbio. Ao que observo aqui e ali permitiu-me definir uma noção mais popular e actual sobre a política, a política é hipócrita porque é uma arte pecaminosa que exige dos outros aquilo que não se pratica, com o objectivo de se conseguir proveito pessoal. 

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