Sem
dúvida alguma que os atentados do 11 de setembro de 2001 nos EUA marcaram o
inicio de uma nova Era. Com o fim da Guerra Fria, e da bipolarização mundial,
muitas barreiras físicas e politicas acabaram
e com elas apareceram oportunidades e novos actores. Se o confronto
entre Comunismo e Democracia Ocidental “alimentou” interesses económicos e
financeiros no passado, hoje com novos protagonistas, os mesmos interesses
continuam a “alimentar-se”. O Terrorismo tem o patrocínio de políticos liberais
sem escrúpulos que se aproveitam da sua ideologia para alcançar os seus objectivos.
Estamos perante uma aliança perigosa entre a Ganância Liberal do Ocidente e o
Fundamentalismo Islâmico, em que ambos se aproveitam da inexistência de
barreiras no mundo para perpetrar os seus objetivos intrínsecos. As novas
tecnologias e a sua difusão instantânea permitem através das redes sociais, a
promoção do terror e as suas consequências a nível social, desde logo no
impacto directo sociológico e psicológico nas populações, através do sentimento
de medo e insegurança, e ao mesmo tempo a nível económico, com a valorização ou
desvalorização de ativos, consoante seja a intenção especulativa, nos mercados
de capitais, mercados acionistas, imobiliários, mercados de matérias-primas,
etc. Desta forma satisfaz-se os interesses obscuros do Ocidente. Do outro lado
da aliança, o fundamentalismo islâmico assegurou a sua difusão worldwide e
todos os meios necessários para impor a longo e médio prazo a Islamização
Mundial. A Islamização worldwide patrocinada pela destabilização e remoção dos
ditadores no médio oriente e norte de África, apelidada pelo ocidente com o
nome de “Primavera Árabe” (para alguns políticos portugueses foi até comparado
com o 25 de Abril) e as suas consequências de deslocalização massiva, entre
continentes, de populações com culturas e religiões historicamente antagónicas
resultaram num “caldo” cultural altamente instável. Os líderes Islâmicos e Imãs
um pouco por todo o mundo fomentam o discurso de conquista e de vitória sobre
os “cruzados”, apelando ás populações deslocalizadas dos seus territórios,
sobretudo dos países do médio Oriente e Norte de África para o Continente
Europeu, e por razões geográficas de proximidade, bem como ás novas gerações
com nacionalidade adquirida em solo Europeu, para reivindicarem e tentarem a
reboque da tolerância ocidental, impor a sua cultura e religião, como é o caso
da Sharia. Estes líderes Islâmicos e Imãs, patrocinados pelo interesses económico-financeiros
obscuros do Ocidente, usam um discurso comum que tem escapado a muitos
investigadores sociólogos, antropólogos e teólogos, desde logo a difusão da
“ideologia islâmica” e não menos preocupante, a substituição a longo prazo das
populações europeias de matriz cristã (em declínio demográfico nos últimos 50
anos) por novas gerações de matriz islâmica, em parte deslocalizadas dos seus
territórios de origem e outra parte nascida em território Europeu. Os
interesses obscuros ocidentais e os políticos liberais sem escrúpulos
corroboram a entrada e permanência definitiva das novas gerações destes
imigrantes islâmicos como parte da solução para a crise demográfica que a
Europa enfrenta. De acordo com estes políticos, esta medida não é mais que uma
forma “solidária”, “ágil”, “útil” e “barata” de corrigir um número desfavorável
nas estatísticas demográficas, descorando todos os outros aspectos (cultural,
histórico, sociológico, antropológico, etc) de convivência antagónica entre
Europeus (Cristãos, Agnósticos, Ateus) e Imigrantes islâmicos e novas gerações
islâmicas nascidas em território europeu. Assim sendo o choque será permanente,
os antagonismos vão agudizar-se e o terror vai continuar, porque os interesses
há muito que foram instalados de parte a parte. De um lado a idealização de um
Mundo Islâmico, com a instauração do Califado no Ocidente, do outro, elites
ocidentais apoiadas pelo liberalismo sem escrúpulos, que retira cada vez mais
proveitos financeiros dos Estados, nos gastos astronómicos em segurança, nos
lobbies financeiros, económicos e políticos.
Autor: Augusto Damásio