segunda-feira, 5 de junho de 2017

A islamização dos Interesses


Sem dúvida alguma que os atentados do 11 de setembro de 2001 nos EUA marcaram o inicio de uma nova Era. Com o fim da Guerra Fria, e da bipolarização mundial, muitas barreiras físicas e politicas acabaram  e com elas apareceram oportunidades e novos actores. Se o confronto entre Comunismo e Democracia Ocidental “alimentou” interesses económicos e financeiros no passado, hoje com novos protagonistas, os mesmos interesses continuam a “alimentar-se”. O Terrorismo tem o patrocínio de políticos liberais sem escrúpulos que se aproveitam da sua ideologia para alcançar os seus objectivos. Estamos perante uma aliança perigosa entre a Ganância Liberal do Ocidente e o Fundamentalismo Islâmico, em que ambos se aproveitam da inexistência de barreiras no mundo para perpetrar os seus objetivos intrínsecos. As novas tecnologias e a sua difusão instantânea permitem através das redes sociais, a promoção do terror e as suas consequências a nível social, desde logo no impacto directo sociológico e psicológico nas populações, através do sentimento de medo e insegurança, e ao mesmo tempo a nível económico, com a valorização ou desvalorização de ativos, consoante seja a intenção especulativa, nos mercados de capitais, mercados acionistas, imobiliários, mercados de matérias-primas, etc. Desta forma satisfaz-se os interesses obscuros do Ocidente. Do outro lado da aliança, o fundamentalismo islâmico assegurou a sua difusão worldwide e todos os meios necessários para impor a longo e médio prazo a Islamização Mundial. A Islamização worldwide patrocinada pela destabilização e remoção dos ditadores no médio oriente e norte de África, apelidada pelo ocidente com o nome de “Primavera Árabe” (para alguns políticos portugueses foi até comparado com o 25 de Abril) e as suas consequências de deslocalização massiva, entre continentes, de populações com culturas e religiões historicamente antagónicas resultaram num “caldo” cultural altamente instável. Os líderes Islâmicos e Imãs um pouco por todo o mundo fomentam o discurso de conquista e de vitória sobre os “cruzados”, apelando ás populações deslocalizadas dos seus territórios, sobretudo dos países do médio Oriente e Norte de África para o Continente Europeu, e por razões geográficas de proximidade, bem como ás novas gerações com nacionalidade adquirida em solo Europeu, para reivindicarem e tentarem a reboque da tolerância ocidental, impor a sua cultura e religião, como é o caso da Sharia. Estes líderes Islâmicos e Imãs, patrocinados pelo interesses económico-financeiros obscuros do Ocidente, usam um discurso comum que tem escapado a muitos investigadores sociólogos, antropólogos e teólogos, desde logo a difusão da “ideologia islâmica” e não menos preocupante, a substituição a longo prazo das populações europeias de matriz cristã (em declínio demográfico nos últimos 50 anos) por novas gerações de matriz islâmica, em parte deslocalizadas dos seus territórios de origem e outra parte nascida em território Europeu. Os interesses obscuros ocidentais e os políticos liberais sem escrúpulos corroboram a entrada e permanência definitiva das novas gerações destes imigrantes islâmicos como parte da solução para a crise demográfica que a Europa enfrenta. De acordo com estes políticos, esta medida não é mais que uma forma “solidária”, “ágil”, “útil” e “barata” de corrigir um número desfavorável nas estatísticas demográficas, descorando todos os outros aspectos (cultural, histórico, sociológico, antropológico, etc) de convivência antagónica entre Europeus (Cristãos, Agnósticos, Ateus) e Imigrantes islâmicos e novas gerações islâmicas nascidas em território europeu. Assim sendo o choque será permanente, os antagonismos vão agudizar-se e o terror vai continuar, porque os interesses há muito que foram instalados de parte a parte. De um lado a idealização de um Mundo Islâmico, com a instauração do Califado no Ocidente, do outro, elites ocidentais apoiadas pelo liberalismo sem escrúpulos, que retira cada vez mais proveitos financeiros dos Estados, nos gastos astronómicos em segurança, nos lobbies financeiros, económicos e políticos.   
Autor: Augusto Damásio