domingo, 26 de janeiro de 2020

O meu apelo à União da Direita Nacional


Quando muitos como eu temiam o pior no desfecho do 28º Congresso do CDS/PP, com uma vitória do progressista João Almeida, eis que de uma forma surpreendente Francisco Rodrigues dos Santos, também conhecido por Chicão, sai vencedor deste congresso e com ele nasce uma nova esperança para a Direita Nacional, Conservadora, Tradicionalista, Patriótica e Identitária. O Francisco é jovem e vejo nisso uma característica fundamental para atrair outros jovens para a política e sobretudo para a Direita que é criticada muitas vezes por estar ligada a dinossauros da politica cheios de vícios. O futuro do CDS estava dependente da escolha do seu líder e foi no momento certo com a desistência de Abel Matos e do CDS/TEM a favor do Francisco, que a mobilização saiu reforçada para esta vitória decisiva e vital para o partido.
Se Francisco Rodrigues dos Santos não se desviar do caminho e não ceder a lobbies, a interesses individualistas, terá sucesso garantido para recuperar o partido. Se ceder então é uma oportunidade perdida e o CDS rumará à extinção. 
Com a recuperação da doutrina de Direita Nacional, abre-se o caminho para convergências à Direita, nomeadamente com o partido de André Ventura, o CHEGA, para constituir um Bloco de Direita de combate ao Socialismo e de alternativa para a governação da Nação.
O que Francisco terá de recusar sempre, por razões de convicção ideológica e até mesmo de lealdade com aqueles que o apoiaram nesta mudança e também por uma questão de confiança e coerência, são todas as hipóteses de acordos ou alianças com o actual PSD de centro-esquerda de Rui Rio. 

Com o PSD, nunca mais! 

Se o fizeres Francisco serás visto como um Judas da Direita Nacional e serás ainda mais odiado que os progressistas que te antecederam.
Por isso foca-te no crescimento do CDS, escolhe os melhores para trabalhar, da mesma forma que André Ventura tratará de fazer crescer o CHEGA e certamente continuará a escolher os melhores também.
Quanto aos partidos de Direita sem representação parlamentar e com fraca expressão eleitoral faço desde já um apelo, uma apelo de UNIÃO,  um apelo de união porque é única  e talvez a última oportunidade para salvar a Direita Nacional, aproveitar que a Direita no parlamento tem agora dois líderes capazes de combater um inimigo comum: a Esquerda Socialista!
Apelo ao ALIANÇA! Apelo ao PNR! Apelo ao PPM! Apelo ao MPT! E apelo a todos os Movimentos de Direita!
Apelo a todos por uma União da Direita Nacional! 
Por Portugal!


segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

A história repete-se!

As recentes polémicas relacionadas com o CHEGA, traz-me à memória os tempos em que o PNR também se aproximou de Mário Machado, na altura se não engano acho que o movimento chamava-se FN. Ora na altura, o PNR não tinha José Pinto Coelho como comentador em nenhum canal de TV, que de resto continua a ser o maior meio de manipulação do voto em Portugal, e por isso, sem protecção mediática e sem popularidade, um ilustre desconhecido na política, logo começou a ser "queimado" pelos "donos disto tudo". Hoje o PNR está confinado a uma expressão residual e com uma liderança desgastada que se perpétua no tempo, não se perspectivando uma alternativa na sucessão que possa servir de catalisador. Surge então o CHEGA, com um rosto conhecido na TV, o do comentador desportivo e não só, o Dr. André Ventura. E é só com uma pesquisa mais aprofundada que é possível saber quem são os outros elementos dos órgãos do partido, quem são essas personalidades? O que diz a comunicação social é que, alguns pertenceram ao extinto movimento NOS e outros oriundos do PNR. 
                Da mesma forma que o PNR foi atacado e hoje praticamente desprezado pelo sistema através dos média, o CHEGA começa a passar exactamente pelo mesmo, mas a grande diferença reside no facto do CHEGA ter no seu líder uma espécie de "escudo mediático" apoiado num canal de TV e o PNR nunca o teve, nem para se projectar, nem para se proteger dos ataques. Quanto ao registo criminal de alguns elementos dirigentes dos órgãos da estrutura, se é que existem, duvido muito que sejam motivo para alvo de processos disciplinares e consequentes expulsões. Se realmente for verdade os factos constantes nas peças jornalísticas, eleva-se a minha expectativa em perceber até que ponto o CHEGA vai também gozar de  uma espécie de "Efeito Isaltino Morais", dirigente político que cumpriu pena de prisão por fraude fiscal, regressou depois à política e saiu fortalecido com um resultado inesperado em Oeiras (41%). Reparem que, por mais gravosas que sejam as acusações dos média, o efeito que o sistema pretende, o de arruinar, terá sempre o efeito contrário, o do sucesso, até podemos comparar aos efeitos e consequências que terá a tentativa de destituição do Presidente Donald Trump e que na minha modesta opinião, sairá reforçado nas próximas eleições, e até com melhor resultado do que obteve quando foi eleito para o primeiro mandato. Posto isto, importa sobretudo compreender estes novos paradigmas e que razões levam o eleitorado a relevar e até reforçar o apoio em organizações políticas e dirigentes com passado muito dúbio. Ao que observo aqui e ali permitiu-me definir uma noção mais popular e actual sobre a política, a política é hipócrita porque é uma arte pecaminosa que exige dos outros aquilo que não se pratica, com o objectivo de se conseguir proveito pessoal. 

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Discurso de Marcelo para 2020


Discurso de Marcelo sem uma única palavra para a classe média. 



Quis o destino que Marcelo enviasse a sua mensagem de ano novo 2020 para todo o país, a partir da maravilhosa ilha do Corvo. Um gesto de humildade do Presidente com as poucas centenas de portugueses corvinos do ponto mais ocidental da Europa. Poderei fazer duas abordagens sobre esta escolha de Marcelo, ou é intuição ou premonição, e porquê? Vai parecer mirabolante, mas reparem que, é no Corvo que "termina" a Europa (presságio para o seu fim?), e por outro lado não querendo ofender a Ilha do Corvo e nem muito menos quem lá vive, não esqueçamos que o Corvo é uma ave que simboliza dentro de uma perspectiva mais mitológica, a morte, a solidão, o azar e o mau presságio. Por isso para aqueles que acreditam nestas coisas, se calhar pode ter algum significado, mas deixo esta interpretação para os mais vocacionados nesse ramo das ciências ocultas. 

Numa análise mais terrena, Marcelo fala de tudo para todos, desde a desertificação do interior, violência doméstica, alterações climáticas, imigração, etc, mas prefiro destacar os alertas das falhas do Governo nos pilares do Estado-Nação, a Defesa, as Forças de Segurança, a Saúde, a Justiça. Uma Defesa paupérrima em meios humanos e materiais, que remunera muito mal e muito mal equipada, o mesmo se poderá dizer das Forças de Segurança, em que muitos dos seus elementos tiveram uma atitude inteligente de se aproximarem a quem os ouve, neste caso o deputado André Ventura, líder do CHEGA, talvez como forma de pressionar o Governo. A Saúde sem investimento, ou com investimento anunciado em OE e que depois não é executado, muitos milhões, muita propaganda que depois revelam outra realidade, quando olhamos para a falta de profissionais, que fogem para o privado, falta de meios, falhas nos compromissos nas carreiras, etc. 

Outro sector é o da Justiça, que tarda ter reformas e que é descredibilizada diariamente pela opinião pública, sobretudo no que toca a critérios e penas, dando a entender que existe uma Justiça para ricos e poderosos e outra para fracos e pobres, a começar pelos estabelecimentos prisionais diferenciados conforme o estatuto social dos condenados, como é exemplo o Estabelecimento Prisional de Évora. 

Na Justiça ainda há que não esquecer os casos mediáticos que envolvem figuras públicas que continuam a gozar de uma completa e incompreensível impunidade (J.Sócrates, Ricardo Salgado, ex-Administradores do BANIF, ex-Administradores da CGD, J.Berardo, Zeinal Bava, M.Pinho, etc, etc), a corrupção generalizada que lesa o Estado, o nepotismo com familiares de políticos, a insegurança nos bairros das periferias dos centros urbanos, etc, e que acabam por ser no meu entender os principais catalisadores de alguma "radicalização" da classe média, do centro-direita, juntando ainda toda a inacção e falta de políticas de apoio a esta classe que é o fulcro da sociedade. Não admira que as opções da classe média centro-direita estejam a contribuir para a subida do CHEGA nas sondagens, com a consequente queda dos partidos tradicionais da direitinha inócua, mais parece oposição controlada. 

Mas é a classe média que mais uma vez é esquecida pelo Presidente, tal como de resto é esquecida por todos os políticos com funções e responsabilidades públicas. No OE não há uma única medida ou linha politica dirigida à classe média. Dez anos depois de tanta "pancada" a esta classe, que foi a única que salvou os Bancos, engordou e continua a engordar os cofres do Estado com a elevadíssima carga fiscal e não esquecendo os cortes nos rendimentos, também responsável por manter o consumo interno acima da linha de água, bem como a existência de poupança das famílias, ainda que muito baixa. Nem este Presidente, nem este Governo, nem esta classe de Políticos nada têm a dar a classe média? Quantas famílias perderam a Habitação e tiveram de pedir ajuda aos pais e outros familiares? Quantas famílias da classe média com filhos continuam sem ter abono de família? Já quantificaram a carga fiscal, despesas com habitação, educação e saúde de qualquer família da classe média? E a perda de poder compra, salários estagnados há mais de uma década, em contraste com as subidas constantes do salário mínimo? Querem empobrecer a classe média? 

Pergunto eu por quanto mais tempo vamos ser nós a sustentar tudo o resto? Por quanto mais tempo vamos levar "pancada"? 



Bom Ano 2020