Estamos perante um ano com três actos eleitorais: o primeiro para o Parlamento Europeu, o segundo confinado à RA Madeira e o terceiro e para terminar, as legislativas.
As eleições para o Parlamento Europeu e as Legislativas vão ficar marcadas pela pulverização da Direita e do eleitorado. Ora vejamos: PNR, Aliança, Basta e o CDS. Excluo aqui a IL por ser um partido de centro-esquerda, como é também o Nós, cidadãos.
Ora, no meio de exclusões mediáticas, censura premeditada, falta de recursos financeiros, constância de resultados, divisões internas, vazio ideológico, falta de estratégia, de ideias, erros políticos tácticos, o vale-tudo, etc, etc...assim está a Direita. Se nestas eleições Europeias e nas de Outubro não houver surpresas serão quatro anos de travessia do deserto para PNR, Aliança, Basta e CDS. Analisando um a um, e começando pelo CDS que tem representação parlamentar. O CDS conta com o financiamento e é esse o principal balão de oxigénio político, porque actualmente CDS apenas segue uma ideologia e não é a de Direita, mas sim a da conveniência, desde apanhar couves, a propostas para agradar o movimento LGBT, pedir a exclusão de líderes anti-comunistas como o Victor Orban, o afastamento político em relação a outros como os presidentes Trump e Bolsonaro, etc. um sem número de disparates que reforçam o descrédito e oscilação repetitiva fraca nos resultados eleitorais. O CDS tem muito trabalho interno pela frente, a começar pela reestruturação interna e mudança de líder. A existência de segmentos internos mais conservadores como o TEM e o CDSXXI são o resultado da divisão do partido. No meu entender só vejo uma saída para o CDS, uma mudança de líder com consequente reestruturação interna com vista a uma grande coligação com outros partidos acima mencionados, todos de Direita. Para tal acontecer só vejo uma pessoa com essa capacidade de unir e sentar à mesma mesa os líderes dos partidos mencionados: Manuel Monteiro. Depois da mudança interna, o CDS deverá repensar a estratégia de crescimento da Direita Nacional acima dos 20% e só com uma grande coligação que atraia o eleitorado do centro e de direita, isso será possível. Um projecto à semelhança do VOX, da LEGA, da RN, poderá dar força à Direita Nacional e a conjuntura externa nunca foi tão favorável como a actual para isso acontecer com sucesso. Temos o PNR, que eu apoio, que tem crescido pouco, mas de forma consolidada e é preciso tem em conta que não tem recursos financeiros, é vítima de censura mediática constante, mas constituído por gente séria, humilde e trabalhadora. Considero o PNR como o único partido genuíno de Direita Nacional, mas é descredibilizado pelo sistema, no entanto os recentes fenómenos políticos nos USA, Itália, Brasil, têm ajudado. O mais incrível é que o PNR consegue gozar de maior popularidade no Brasil que em Portugal... se não é pelo menos parece. A expectativa dos simpatizantes e apoiantes do PNR é elevada nas próximas eleições dada a reacção dos média e receio de eventual legitimação pelo sufrágio. O Aliança e o Basta são dois partidos fundados por duas pessoas provenientes do PSD, que em resultado de desgaste e de fractura, decidiram seguir caminhos diferentes. O Basta, mais radical, mas sem estratégia ideológica definida, vai à procura de afirmação política. O Aliança é a franja mais conservadora-liberal do PSD que saiu em ruptura com a actual liderança, mas também sem ideologia definida e no meu entender pouco vaga, sem ideias de destaque, um vazio ideológico. Ora, a partir de Outubro de 2019 e se os resultados destas eleições não forem satisfatórios, que garantam pelo menos um lugar no parlamento, estas forças politicas estarão condenados ao residualismo político. Dado que é no centro que está o filão do eleitorado, mais de 20%, uma vez que à direita o eleitorado não vai além dos 10%, vai ser preciso uma grande coligação de Conservadores, Nacionalistas e Liberais para convencer e juntar os 10% da Direita e os mais de 20% do centro e assim surgir uma verdadeira alternativa de Direita Nacional. Uma Frente Nacional Patriótica que una estes partidos que afronte a Esquerda e a Extrema-esquerda que arrasta Portugal para o abismo e para a insustentabilidade. Depois de Outubro e se não houver surpresas vai ser preciso sentar à mesma mesa, reunir e definir um rumo! De outra forma a Direita estará condenada ao fracasso nos próximos anos. Mas esperemos por Outubro.