sábado, 18 de março de 2017

"Tomar conta"

Acabo de ouvir a maior idiotice dita por uma jornalista num meio noticioso televisivo português, uma idiotice que no fundo é uma tentativa de lavagem do terrorismo que varre a Europa. Segundo o jornalista os partidos nacionalistas que legitimamente ganham votos e crescem na Europa são extremistas, e os terroristas são o quê? Então os políticos liberais de esquerda e direita são os únicos responsáveis pela entrada de imigrantes em massa na Europa e os extremistas são aqueles que querem travar estas politicas de suicídio? O jornalista em causa alegou que  o PVV de Geert Wilders na Holanda não ganhou, em parte, porque o líder do partido vencedor VVD ( Liberais) Mark Rutte, "tomou conta" do assunto Turquia. Oh sr. jornalista! "tomou conta"??? Se tomar conta do carro de outra pessoa sem autorização, a isso chama-se roubo! Se "tomar conta" de alguém sem consentimento ou autorização é sequestro!
Tudo serve para justificar os actos dos "coitadinhos" dos terroristas!
O tema imigração e segurança é uma bandeira dos nacionalistas na Europa e não dos Liberais! Ora quando se "toma conta" de um tema que é defendido por um partido e que consta na sua doutrina, será para "roubar votos" ou para "tomar conta" dos votos dos eleitores desse partido? Curiosa expressão!



domingo, 12 de março de 2017

Os dois cenários

A política na Europa está a mudar, e como tudo é composto de mudança, as massas começam a contestar o status quo, o establisment, como queiram...
A Europa só poderia funcionar se houvesse uma verdadeira União, não como esta que só serve os interesses elitistas invés dos Povos, em que a União providenciaria a distribuição equilibrada das politicas, de rendimentos, fiscais, jurídicas, económicas, etc, evitando assim as disparidades que hoje existem. Numa União não funciona se, por exemplo, um enfermeiro em Portugal ganha 700€, na França 3500€, na Inglaterra 4300€, etc, não funciona se, por exemplo, a carga fiscal em Portugal é 57% sobre o rendimento, 38% na França, 26% na Inglaterra, etc, etc.

Os partidos pró-união europeia só seriam bem sucedidos se a UE se tornasse uma Federação com mecanismos que equilibrassem as diferenças e desfasamentos, ora tal nunca aconteceu e alguns dos políticos pró-UE até se opõem...ironia do destino que esta "União" está a Desunir em vez de agregar e aproximar os Estados.
Ora enquanto os políticos pró-UE perdem tempo com divergências e desculpas para manterem as coisas como estão, porque assim como está interessa, os partidos ditos anti-UE, a favor dos estados-nações, Nacionalistas vão ganhado força e começam a ser a única alternativa numa UE que não funciona e não dá respostas aos seus cidadãos.
Os novos líderes e actores políticos começam a surgir na Europa, na Holanda, na França, na Alemanha, na Suécia, na Hungria, na Itália, etc.
A história é cíclica e por isso não é admiração voltarmos aos nacionalismos. Do outro lado do Atlântico ninguém acreditava na eleição de D. Trump, mas foi eleito! Na Europa ninguém acreditava no Brexit e aconteceu, mas mais vai acontecer, porque a cegueira de uns e dormência  doutros propiciam a mudança, e que que mudança!


Tudo boa Gente...

Quando vamos á aldeia é normal as gentes humildes falarem das gentes importantes da cidade, os senhores doutores, os senhores engenheiros, tudo gente séria, honesta, autênticos modelos a seguir. Ora no nosso país os meios de comunicação social sabem muito bem veicular este estereótipo e com isso são no meu entender os grandes responsáveis veiculadores das escolhas eleitorais. Ninguém fala disto mas a verdade é que temos aquilo que escolhemos...melhor temos aquilo que nos influenciam a escolher.  A promiscuidade entre comunicação social e os políticos, e entre estes a justiça não conseguem enganar ninguém. A complexidade das redes de influências hoje comprometem o próprio regime democrático, e fenómenos como a corrupção, não são mais que monstros criados pelo próprio regime...ironia do destino. As mentalidades no nosso país mudaram, em parte, junto dos centros urbanos, mas o paradigma politico em Portugal mantém-se inalterado. Uns dizem que somos um povo de brandos costumes, mas para mim os brandos costumes não são mais do que ignorância e acomodação. José Sócrates, Ricardo Salgado, Z. Bava, H. Granadeiro, etc, etc. o BPN, o BES, o BANIF, e mais recentemente a CGD, era tudo gente séria e honesta, como diziam na minha aldeia. Mas o povo contenta-se com isto, e continua a votar nos mesmos doutores e engenheiros...triste sina a do povo português. Nas redes sociais encontrei um recorte que espelha bem a estratégia dos nossos políticos: os rendimentos mínimos (RSI), o subsidio de desemprego, controlar o que as crianças aprendem na escola, os cuidados de saúde gratuitos, em suma Pão e Circo para o Povo e este se contentará. Enquanto o povo estiver entretido com futebol, com os reality shows, as novelas, os comentadores, etc, não se preocuparão com a realidade. O Povo é tratado como sendo uns "Idiotas Úteis"conforme refere o artigo que aqui deixo e recomendo a leitura.

O Paradigma Económico Português - P.E.P

Ora aqui está algo que deve gozar de Direitos de Autor, o P.E.P - Paradigma Económico Português,

"Para quê extraír se não compensa? Para quê produzir se não compensa? Para quê fabricar se não compensa? E já agora, para quê trabalhar se não compensa?"

Assim se justifica a elevada dívida externa (pública e privada) e um Estado Social benevolente que subsidia o ócio à  conta do sacrifício da classe média e das empresas.