terça-feira, 6 de dezembro de 2016

PSD e CDS/PP sem rumo, um PS de "moletas" e uma UE em "cacos"

Começa a ser mais que evidente o desgaste do líder do PSD, as ideias não fluem ou pura e simplesmente não aparecem...parece ser um partido à deriva, sem novidades, sem nada...
Fala-se em Rui Rio para substituir Pedro Passo Coelho, mas para ser sincero...acho que vai ficar tudo na mesma, ou seja, mais do mesmo. O PSD e até mesmo o CDS/PP são hoje partidos neoliberais e como se sabe  no caso do PSD, a verdadeira social democracia há muito que está "arrumada na gaveta". Mas não quero com isto livrar o PS das mesmas críticas, porque também há muito que o Socialismo Europeu se converteu ao neoliberalismo...uma convergência de ideais que sufoca os Povos Europeus, um certo status quo que começa a irritar as pessoas.

Na minha opinião a única coisa que ainda vai dando vida a estes partidos é a conjunção em parte de uma certa ignorância ou desprezo político e o  medo pela incerteza. Não fosse a comunicação social a levar estes partidos e os seus líderes ao colo e há muito que estariam reduzidos a quase nada.
O UE hoje está, no meu entender, em franco declínio e a história prova isso mesmo. Pelas mais variadas formas que se tentou unir a Europa, nunca se conseguiu alcançar esse ideal de uma Europa equilibrada, sem fronteiras, sem barreiras, ou seja, uma Europa global com pretensões mundialistas capaz de gerar consensos e estabilidade. O desfecho deste ideal acabou como se sabe em conflitos e guerras.

Embora nem sempre haja convergência entre a prática políticas e os princípios morais, é fato hoje que a sociedade em geral está cansada de tantas notícias envolvendo escândalos de corrupção e posturas não condizentes com nossos representantes políticos (tanto na esfera do poder executivo quanto do legislativo) e clama por uma sociedade mais justa, ao ponto de se extremarem as opções no momento de escolher o partido ou líder em quem votar. Hoje poucos entendem a mudança de uma América de Obama para uma América de Trump, mas esta mudança e o crescimento de partidos nacionalistas e o aparecimento de líderes também nacionalistas, resultam da saturação das pessoas numa classe política elitista que só é capaz de observar interesses que acabam por roçar a imoralidade, passando os interesses dos povos para um plano inferior. Esta para mim é a razão da quebra de confiança dos povos, do eleitorado numa classe política "seca" de ideias e "fria" no tratamento politico que é dado hoje á sociedade, ás empresas e sobretudo ás famílias.

" A ambição do homem é tão grande que, para satisfazer a uma vontade presente, ele não pensa no mal que dentro em breve daí pode resultar."

Nicolau Maquiavel

domingo, 4 de dezembro de 2016

O Inicio do Fim?

O PCP está condenado com este pseudo-apoio ao PS, e os militantes sem nunca se terem apercebido desta circunstância, colocaram o partido numa situação muito complicada e sem saída. Lembram-se o que aconteceu com o PCF (Partido Comunista Francês)?
As tentativas de aproximação entre comunistas e socialistas tornaram-se realidade, quando Miterrand foi eleito líder do recém-formado Partido Socialista em 1971, com o objectivo da celebração de um pacto eleitoral entre PS e PCF, algo que viria acontecer em 1972. Após o fim do Bloco Socialista em 1989, o PCF voltou a moderar-se ideologicamente, criticando o comunismo soviético, além de, se reaproximar do PS, assinando com os socialistas diversos pactos eleitorais locais e eleitorais, algo que, permitiu ao PCF voltar a um governo da França em 1997, coligado com socialistas e verdes. Desde então o PCF desapareceu e praticamente todo o eleitorado passou para a crescente Frente Nacional de Jean Marie Le Pen (actualmente liderada por Marine Le Pen). Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. Não estará o PCP a seguir o mesmo caminho?

Eleições Áustríacas


Da primeira vez as eleições foram anuladas por decisão do tribunal e repetiram-se agora. A Áustria mostra nesta eleições que quer a mudança...mas ainda não foi desta. Um pouco à semelhança do que se passou na França também aqui uma maior participação do eleitorado conjugado com o somatório de esquerda e direita contra Norbert Hofer, provou que vale tudo contra o nacionalismo. Falam em vitória da democracia, mas eu prefiro dizer que se trata de uma vitória "à Soviética". Por agora Alexander Van Der Bellen terá o seu mandato, mas com a garantia de nova candidatura de Hofer nas próximas presidenciais, paira no horizonte a vitória dos nacionalistas. O eurocepticismo, a saturação do eleitorado pelo politicamente correcto, ou pelo establishment, indicam que este projecto europeu tem os dias contados. A questão não é apenas sobre como vai acabar, mas sim, quando vai acabar?
Na minha opinião este projecto não durará mais que 15 ou 20 anos.
Os nacionalistas na Áustria não ganharam mas ficaram muito perto disso...fica para a próxima, vamos ver. Para o ano temos eleições em Portugal, mas é lá fora que se centram as atenções. Na Holanda com Geert Wilders, na Alemanha a AfD (Alternativa  para a Alemanha) para as eleições legislativas e as Presidenciais na França com Marine Le Pen (FN). Perspectiva-se um ano quente na politica internacional.